O tão aguardado referendo sobre mudanças nas regras da cidadania italiana começou com baixa participação.
Dados oficiais apontam que apenas 22% dos eleitores compareceram às urnas no primeiro dia da votação, gerando alerta entre autoridades, advogados e descendentes italianos espalhados pelo mundo.
Mas o que está em jogo nesse referendo? E por que tanta gente deixou de votar?
O que é o referendo sobre cidadania italiana?
Trata-se de uma consulta nacional promovida pelo governo italiano para avaliar a reforma nas regras de reconhecimento da cidadania por descendência (jus sanguinis).
A proposta discute, entre outros pontos:
- A limitação da cidadania automática por via paterna e materna;
- A imposição de prazo limite para requerimentos baseados em antepassados distantes;
- O fortalecimento de critérios como residência efetiva, laços culturais e idioma.
Essas mudanças podem afetar diretamente milhões de ítalo-descendentes, especialmente no Brasil, que tem a maior comunidade de origem italiana fora da Itália.
📉 Por que a participação foi tão baixa?
Vários fatores explicam os apenas 22% de comparecimento no 1º dia:
- Falta de informação clara: Muitos eleitores — inclusive residentes na Itália — alegam não compreender completamente o impacto da proposta.
- Desinteresse e descrença: Parte da população vê o tema como distante da vida cotidiana.
- Dificuldades logísticas: Brasileiros e estrangeiros aptos a votar no exterior relatam problemas com entrega de cédulas e informações do consulado.
- Campanha de divulgação tímida: O referendo não recebeu a mesma atenção midiática que eleições políticas convencionais.
⚠️ O que isso pode significar?
A baixa adesão pode ter dois efeitos imediatos:
- Se o referendo não atingir o quórum mínimo exigido, será automaticamente invalidado, mantendo as regras atuais.
- Se a participação for suficiente, mas com maioria favorável à mudança, os descendentes de italianos no exterior podem enfrentar novas barreiras legais para solicitar a cidadania.
🧭 O que os especialistas recomendam?
Advogados especializados em cidadania italiana recomendam:
- Acompanhar de perto o andamento da votação;
- Atualizar a documentação e acelerar processos em andamento;
- Evitar deixar para depois: se o referendo for aprovado, novas exigências podem ser aplicadas imediatamente ou em curto prazo.
📌 Conclusão
O início morno da votação do referendo acende um alerta sobre o engajamento político dos ítalo-descendentes e a possível transformação do direito à cidadania italiana.
Com apenas 22% de participação no primeiro dia, o futuro das novas regras ainda é incerto — mas o impacto pode ser profundo para milhares de famílias no Brasil e no mundo.
Se você tem direito à cidadania italiana ou está em processo de reconhecimento, agora é o momento de se informar, agir e garantir seus direitos antes que mudanças entrem em vigor.